Os skatistas de rua buscam na cidade elementos para que eles possam utilizar como obstáculos a serem superados. O divertimento aparece na exploração do espaço da cidade, na criação e utilização de obstáculos naturais. Para um skatista, a cidade se apresenta como um complexo emaranhado de obstáculos a serem superados, um desafio de ego, uma verdadeira briga de gato e rato. Essa "briga" é o lado bom da história, pois é saudável, faz parte do contexto de quem pratica esse esporte. Mas como tudo nem sempre são flores, há um lado ruim nisso tudo, que é principalmente o preconceito e a falta de informação que as pessoas têm sobre o skate.Toda cidade tem seus moradores tradicionalmente conhecidos como fechados e mal educados, se tornando pior ainda de fotografar ou simplesmente de andar de skate na rua, pois a falta de informação, compreensão e diálogo fazem com que essa barreira se torne ainda mais difícil de ser superada.
Para que, um dia, esse preconceito possa se tornar inexistente, é importante saber diferenciar um skatista à alguém que simplesmente ande com um skate embaixo dos braços. Nem sempre uma bola está no pé de um jogador e, mesmo assim, é o esporte mais admirado no mundo.
Enfim, mesmo com o lado ruim, envolvendo preconceitos, falta de estrutura, picos em mal estado de conservação, o verdadeiro skatista nunca perde a sua alma. Ser skatista é passar fielmente por todas as dificuldades e não desistir, é andar por amor e não pelo dinheiro, é dar o sangue, é cair e levantar, é se superar. Ser skatista, é ser loucamente apaixonado pelo que faz.
